O agronegócio é um dos setores com maior relevância no PIB nacional, além disso, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. De acordo com dados da CNA, em 2022, além de abastecer o mercado interno, o país exportou mais de 233 milhões de toneladas de produtos agropecuários.
Apesar disso, o agro ainda é um mercado que apresenta muitas incertezas e riscos, o que o torna menos atrativo para grande parte das instituições financeiras. A presença de riscos em investimentos, faz com que essas instituições aumentem o custo de capital para o mercado, dificultando assim o acesso.
O custo de capital refere-se ao custo associado ao financiamento de projetos ou investimentos por meio de empréstimos, linhas de crédito ou outras formas de capital. O alto custo de capital no mercado agro no Brasil é um desafio significativo enfrentado pela cadeia.
O governo por sua vez, tem iniciativas e incentivos à agricultura para aquecer o mercado e tentar mitigar o alto custo de capital do setor. Anualmente é lançado o famoso Plano Safra, programa que tem como objetivo auxiliar agricultores e pecuaristas de todo o Brasil com a oferta de subsídios.
Apesar disso, existem alguns fatores que tornam esses programas insuficientes para sustentar todo o setor. Podemos observar que a demanda é bem maior que a oferta, já que o setor é muito extenso e diversificado, além disso, alguns programas exigem uma série de documentações que limitam o acesso de alguns produtores.
Fatores que causam o alto custo de capitais no agronegócio
- Risco e incerteza: Por ser um setor que é diretamente afetado pelas condições climáticas, preço das commodities, pragas, doenças das plantas e vários outros fatores, o risco desse mercado se torna maior, o que acaba aumentando as taxas de juros.
- Taxas elevadas de juros: Quando as taxas de juros são elevadas, o custo de empréstimos ou financiamentos também é elevado, o que acaba prejudicando os produtores rurais. O Brasil tem um grande histórico enfrentando taxas de juros muito elevadas, podemos ver isso comparando a taxa Selic nacional com a dos EUA, que está em momento de pico com 4,83%, já a do Brasil está em 13,75%.
- Limitações de garantias: Diferentemente de setores como financiamento residencial, o agronegócio apresenta uma maior dificuldade de oferecer garantias aos financiadores - o uso de CPR garante que se o produtor rural não pagar o valor devido, a empresa pode ficar com seus produtos, mas o risco continua em casos que ocorre algum problema com a safra - o que acaba aumentando o risco percebido pelas instituições financeiras.
- Infraestrutura limitada: A falta de infraestrutura adequada nas áreas rurais brasileiras também contribui para o alto risco de capital. A infraestrutura deficiente afeta a eficiência da produção e o transporte dos produtos, aumentando os custos operacionais e o risco percebido pelos investidores.
O alto custo de capital prejudica a competitividade do setor, dificultando a modernização, a adoção de tecnologias avançadas e o aumento da produtividade.
Atuação das empresas de insumos agrícolas no ciclo de crédito
Frente a esse impasse, as empresas de insumos agrícolas se colocam em uma posição de financiadoras dos produtores, oferecendo créditos nas compras que devem ser pagos ao final da safra. Com isso, os produtores conseguem um maior poder aquisitivo, o que aquece o mercado.
Como consequência disso, ao conceder crédito, as empresas acabam assumindo o risco de inadimplência, que não ocorreria em vendas à vista. O produtor pode ter algum problema que prejudica sua safra e o impossibilita de cumprir com os pagamentos, ou até mesmo declarar recuperação judicial.
Vale ressaltar também que quanto mais clientes forem beneficiados com a concessão de crédito, mais alavancada a empresa fica, ou seja, dependendo do capital de recebíveis futuros, que é incerto. Isso implica em assumir um risco ainda maior e reduzir sua oportunidade de crescimento por falta de capital em caixa.
Visto os riscos já mencionados, torna-se necessário a realização de uma análise detalhada dos clientes antes da concessão de crédito. As análises, quando feitas manualmente, gastam muito com mão de obra, pois são complexas e demoradas. Dessa forma, as empresas acabam tendo um fluxo de entrada de clientes mais lento que o desejado.
Para solucionar essa questão, agfintechs como a Tarken investiram em uma solução mais assertiva e rápida para agilizar a esteira de crédito das empresas de insumos agrícolas da forma mais segura possível. Foram criadas ferramentas que, com o auxílio da inteligência artificial, fazem o processo de análise de crédito de forma automática, trazendo o score e todas as informações relevantes do cliente em poucos minutos para uma tomada de decisão mais eficiente.
Aumento da participação de instituições financeiras no financiamento do agro
A oferta de crédito aos produtores rurais a partir de empresas de insumos agrícolas é muito valiosa para o crescimento do agro no Brasil. Sem essa iniciativa, dificilmente tantos produtores conseguiriam produzir, atendendo a demanda nacional e mundial. Porém, como já visto anteriormente, isso acaba trazendo alguns riscos à revenda.
Como tentativa de mitigar esses riscos assumidos, as revendas podem recorrer a bancos e instituições financeiras. Para conseguir uma boa parceria, no entanto, é necessário que a carteira de clientes das empresas tenha uma boa qualidade e baixo risco, ou seja, uma análise completa e assertiva deve ser feita antes de buscar a participação dos bancos.
A ferramenta Inspector, da Tarken, oferece uma análise com mais de 45 indicadores de cada cliente em poucos minutos, o que possibilita uma tomada de decisão mais rápida e segura. A solução oferece avaliação patrimonial, histórico de processos judiciais ou pendências legais, perfil produtivo e geração de caixa, histórico de até 10 safras e muito mais.
Além disso, a Tarken também possui como uma de suas soluções ofertadas o Financing. Com isso encontramos parceiros ideais para a empresa de insumos agrícolas compartilhar seus riscos, seja com a venda da carteira de recebíveis, financiamento direto pelo banco ou coparticipação.
Utilizando os dois produtos as empresas reduzem consideravelmente seu risco, conquistando uma carteira de clientes com menor chance de inadimplência e precisando alavancar menos. Dessa forma, com maior capital em caixa, a empresa tem maior chance de crescer.
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